Os Riscos das Câmaras de Bronzeamento Artificial
O uso de dispositivos emissores de ultravioleta para o bronzeamento da pele cresceu rapidamente nos últimos anos, principalmente em países industrializados. Porém, estudos mostram que muitos métodos de bronzeamento artificial podem causar uma série de malefícios para a pele, principalmente as câmaras de bronzeamento artificial. As pessoas costumavam pensar que o bronzeamento em cabines era mais seguro do que o obtido através do sol.
As câmaras de bronzeamento são uma fonte de radiação ultravioleta. Emitem uma luz solar em dose intensa e concentrada de raios ultravioletas A(UVA-98%) e também emitem pequenas quantidades de radiação B(UVB-2%). O UVA têm maior penetração na pele e é o principal responsável pelo envelhecimento cutâneo, além de também predispor ao aparecimento de melanoma(câncer de pele). O UVA penetra profundamente na pele, alterando fibras elásticas e colágenas, provocando assim, rugas, perda da elasticidade e manchas.
Os fatores de risco mais importantes são a frequência anual em que é feito o bronzeamento e a duração em anos de prática, o seu início antes dos 35 resulta em maior elevação do risco.
No ano de 2009, uma Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA(RDC 56/2009) determinou a proibição do uso dos equipamentos para bronzeamento artificial com finalidade estética. À medida foi motivada pelo surgimento de novos indícios de agravos à saúde, relacionados com as câmaras de bronzeamento. A agência Internacional para pesquisa sobre Câncer(IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde(OMS), incluiu a exposição as radiações ultravioletas na lista de práticas e produtos carcinogênico para humanos.
Mesmo com uma lei de proibição em vigor a quase sete anos e o risco de estarem sujeitas a penalidades que vão de advertência, interdições e até multas, ainda se tem clínicas e empresas que oferecem e aplicam esse procedimento.
Aconselhamos que essa não é uma alternativa certa e acaso tenham interesse nesse procedimento nada seguro, o mercado estético oferece opções eficazes, mais seguras e regulamentadas, como o bronzeamento artificial a jato, que não tem contraindicação e utiliza substâncias naturais que não causam perigo para a pele, e os cosméticos autobronzeadores (loções,sprays), que não causam mal e podem ser usados sem causar danos à pele. Vale lembrar que eles não conferem nenhuma proteção extra à pele, e por isso o filtro solar não deve ser dispensado quando houver exposição solar.
Referências:
SOUZA,Sônia R.P; SOUZA,José M.P; Revisão – Bronzeamento e risco de melanoma cutâneo: revisão da literatura; Rev. Saúde Pública 2004;38(4):588-98
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